O brasileiro Lourival Máximo da Fonseca, apontado como um dos maiores traficantes de drogas da América, foi entregue na noite de sexta-feira, 16 de fevereiro, às autoridades policiais de Corumbá.
Ele foi preso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, na quinta-feira (15) após trocar tiros com a Polícia boliviana. Tinha uma oficina de refrigeração, que, de acordo com a investigação, servia para lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas e que foi interditado pelo Ministério Público boliviano.
O estrangeiro foi transferido sob forte escolta policial para o aeroporto El Trompillo, em Santa Cruz, e seguiu de helicóptero até Puerto Quijarro, já na fronteira com Corumbá.
Depois de montada uma força-tarefa na linha internacional entre os dois países, Lourival, conhecido também como “Tião”, foi entregue por volta das 19h30 às autoridades brasileiras.
O ministro do Governo, Eduardo del Castillo, descreveu a captura como um grande golpe golpe ao tráfico de drogas. “Isso seria, segundo o jargão popular, não apenas a captura de um ‘peixe grande’ do tráfico, mas de uma ‘baleia do tráfico’. Estamos falando de um dos maiores pesos pesados do tráfico de drogas na região, uma pessoa que era procurada por transportar drogas de todo o nosso continente para países europeus”, afirmou.
Del Castillo disse que o brasileiro foi extraditado porque tem mandado de prisão desde 2014 por tráfico de drogas e foi incluído na lista da Interpol.
O ministro também relatou que Lourival Máximo da Fonseca era proprietário de dois contêineres de drogas, que tinham como destino a Bélgica. Um foi apreendido na Bolívia com 8,7 toneladas de cocaína e, outro no Peru, com 7,2 toneladas da mesma droga.
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Lourival cobriu a cabeça após ser entregue às autoridades policiais brasileiras
“Tudo começou com a investigação do maior carregamento de cocaína apreendido em Oruro – Bolívia há alguns meses, 8,7 toneladas, o que também nos permitiu alertar nossos países vizinhos e encontrar carregamentos semelhantes no Peru e em países europeus. A investigação mostrou que o mais provável é que a origem dessas cargas seja da região da Chiquitania, em Santa Cruz”, explicou.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil informa que Tião é considerado um dos principais traficantes da Rota Caipira de Goiás, Minas Gerais e interior de São Paulo, atuando no crime desde 1990. Também é apontado como uma das primeiras lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Com informações do jornal El Deber.