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Os policiais civis de Mato Grosso do Sul realizam nesta quinta-feira (19) uma paralisação de 24h nos atendimentos das delegacias, iniciando às 08h e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). A ação faz parte do movimento de campanha salarial da categoria, organizada pelo Sinpol-MS.
O movimento, que teve início no final de agosto, tem o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. O Sinpof (Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses) também confirmou adesão ao protesto.
Comunicado no 1º Distrito Policial de Corumbá, informa que somente casos urgentes serão atendidosA paralisação não afeta os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garantiu que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes vão ser atendidos no período da mobilização.
“O Sinpol conclama todos os policiais civis, filiados ou não, a se unirem ao movimento, demonstrando a força da categoria e a necessidade de uma resposta urgente do governo”, afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.
Reivindicações
Policiais civis da Delegacia de Ladário, também aderiram à paralisaçãoOs policiais querem reajuste de 28% no subsídio, para que o salário atinja a sexta posição no ranking nacional, aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, implementação do auxílio-saúde equivalente ao dos delegados, plantões voluntários remunerados e adicional de fronteira.
No entanto, o secretário de Administração do Estado, Frederico Felini explicou que o Executivo mantém a proposta inicial de incorporar auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, podendo chegar a cerca de R$ 1.200 conforme a posição do policial na carreira. Para a menor remuneração, haveria, ainda, abono de R$ 150, diante de descontos previstos na folha de pagamento. Essa iniciativa atenderia cerca de 3.200 pessoas, incluindo aposentados e pensionistas.
O secretário pontua que isso pode gerar aumento real de 8% e revela disposição do governo em atender demanda dos policiais. Ocorre que, além do aumento de 100% no auxílio, os servidores reivindicam também auxílio-saúde, a exemplo do que foi criado por lei recentemente para os delegados, e 18% de aumento salarial.
Felini pontua que isso pode gerar aumento real de 8% e revela disposição do governo em atender demanda dos policiais. Ocorre que, além do aumento de 100% no auxílio, os servidores reivindicam também auxílio-saúde, a exemplo do que foi criado por lei recentemente para os delegados, e 18% de aumento salarial.
A segunda possibilidade, segundo Felini, é encurtar a progressão na carreira dos policiais, excluindo a fase inicial, que tem a menor remuneração, hoje em R$ 5,7 mil, o que elevaria o piso dos agentes a R$ 6,3 mil, atendendo cerca de 300 a 400 pessoas.
O titular da Administração diz que nesse momento não há condições de fazer um escalonamento para elevação gradativa da remuneração, apontando que envolveria previsões orçamentárias.
A categoria vai avaliar a proposta do governo estadual em assembleia e definir os rumos da mobilização.
Com informações do Sinpol e do site Campo Grande News.